A Casa Branca confirmou, nesta semana, que a Agência Central de Inteligência recebeu autorização para conduzir operações clandestinas dentro da Venezuela, incluindo ações que podem ser letais. A informação, primeiro divulgada pelo The New York Times e depois assumida pelo próprio presidente Donald Trump na Sala Oval marca uma escalada nas pressões contra o regime de Nicolás Maduro.

Em resposta a jornalistas, Trump disse que já controla o mar e que agora “está pensando” em ações terrestres para enfrentar cartéis responsáveis por tráfico de drogas rumo aos Estados Unidos. Ao ser questionado sobre uma eventual tentativa de remover Maduro do poder, o presidente reagiu com irritação, evitando uma resposta direta, mas reconheceu ter dado aval à CIA para atuar no território venezuelano.

Fontes militares e analistas veem nas declarações uma combinação de sinal político e ameaça concreta. Na Venezuela, a vice-presidente Delcy Rodríguez respondeu em tom beligerante, convocando o povo à defesa. Em reação a sobrevoos de bombardeiros B-52 sobre o Mar do Sul do Caribe, Maduro ordenou exercícios militares e negou que seja chefe de qualquer cartel, classificando as acusações como pretexto para uma intervenção.

Especialistas consultados avaliam que o uso de operações clandestinas muda profundamente o jogo diplomático e pode gerar riscos de confrontos diretos na região. A breve resposta pública dos governos e a mobilização militar indicam que a crise pode se aprofundar nas próximas semanas, com impacto humanitário e geopolítico significativo.