Astronomia
Chuva de meteoros Geminídeas ilumina o céu e tem centenas de registros no Brasil
Observatórios do Sul captaram rastros brilhantes durante o pico do fenômeno, considerado um dos mais intensos do ano
A chuva de meteoros Geminídeas voltou a dar espetáculo no céu brasileiro e, desta vez, com números que chamam atenção. Durante a madrugada entre sábado (13) e domingo (14), observatórios do Sul do país registraram centenas de ocorrências do fenômeno, considerado um dos mais aguardados do calendário astronômico.
Ligados à Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon), os equipamentos captaram rastros intensos e duradouros, muitos deles bem brilhantes e até coloridos. No Observatório Heller & Jung, em Taquara (RS), foram contabilizados 767 meteoros em apenas seis horas de observação, uma média impressionante de 127 registros por hora, a partir de 14 câmeras em operação.
Na mesma janela de observação, estruturas mantidas pelo Bate-Papo Astronômico, em Santa Maria, e pelo Clube de Astronomia do Campus Santo Ângelo do Instituto Federal Farroupilha também identificaram mais de 200 meteoros cruzando o céu.
Por que as Geminídeas chamam tanta atenção
Diferente da maioria das chuvas de meteoros, as Geminídeas não têm origem em cometas. Elas são formadas por fragmentos do asteroide 3200 Faetonte, uma rocha espacial de cerca de 5,8 quilômetros que apresenta comportamento semelhante ao de um cometa ao se aproximar do Sol.
Esses detritos são mais densos e entram na atmosfera de forma mais lenta, o que explica os rastros longos e as bolas de fogo esverdeadas que encantam quem observa. Visível a olho nu e observável de qualquer região do Brasil, o fenômeno tem como radiante a constelação de Gêmeos, fiel ao nome que carrega.



