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EUA podem rever orientação sobre gorduras saturadas

Autoridades sinalizam mudanças após debate sobre consumo de manteiga, carne vermelha e óleo de coco

Nos Estados Unidos, as diretrizes oficiais de alimentação estão prestes a passar por uma revisão que promete gerar debates. A proposta é recomendar o consumo de gorduras saturadas, presentes em alimentos como manteiga, carne vermelha, queijo e óleo de coco, uma mudança defendida pelo secretário de Saúde do governo Trump, Robert F. Kennedy Jr.

Segundo ele, essas gorduras foram tratadas como vilãs por décadas sem que houvesse evidências tão robustas contra seu consumo. Para muitos especialistas ligados ao movimento “make America healthy again”, a alimentação humana evoluiu consumindo esses produtos, o que justificaria incluí-los na dieta de forma natural.

Essa perspectiva, no entanto, contrasta com recomendações históricas de associações médicas e órgãos de saúde, que orientam substituir gorduras saturadas por insaturadas, encontradas em peixes, abacate, azeite e nozes. Pesquisas desde os anos 1950 indicam que essa troca ajuda a reduzir o colesterol LDL, conhecido como “colesterol ruim”, e diminui riscos de infarto e derrame.

A mudança ainda não foi oficializada, mas já movimenta nutricionistas, cardiologistas e pesquisadores nos Estados Unidos. Especialistas alertam que qualquer revisão deve ser analisada com cautela, considerando décadas de estudos que associam o consumo excessivo de gorduras saturadas a doenças cardiovasculares.

Enquanto isso, o debate continua, evidenciando um choque entre tradições alimentares e ciência moderna, e colocando os consumidores diante de informações divergentes sobre o que é realmente saudável.

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  • Redação Citizen

    Redação do Portal Citizen

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