O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro adiantou o Natal no país. A comemoração, que oficialmente acontece em dezembro, começará em 1º de outubro, conforme decreto anunciado por ele durante a 90ª edição do programa “Maduro+”, transmitido na segunda-feira (8) pela TV estatal e pelo YouTube.

Segundo Maduro, o motivo é simples: felicidade. “Vamos decretar que a partir de 1º de outubro, o Natal recomeça na Venezuela. Este ano também”, afirmou. Ele argumenta que a medida é uma forma de estimular a economia e fortalecer a união do povo. “Com alegria, comércio, cultura, canções natalinas e gaitas de fole”, completou, reforçando que a fórmula “funcionou bem” em anos anteriores.

Mas o anúncio, embora festivo, acontece em meio a um clima geopolítico bastante delicado.

Presença militar dos EUA no Caribe eleva tensão

Na semana anterior, Maduro acusou os Estados Unidos de enviar tropas militares para o Mar do Caribe, próximo à costa venezuelana. A justificativa, segundo ele, seria o interesse americano nos recursos naturais do país.

“Eles vêm pelo petróleo venezuelano, querem de graça. Pelo gás, pelo ouro. Temos a quarta maior reserva de gás do mundo”, disparou.

A antecipação do Natal não é inédita no governo chavista. A prática vem sendo adotada desde 2013 como uma espécie de alívio simbólico diante das sucessivas crises internas — econômicas, sociais e políticas. Ainda assim, críticos apontam que a medida serve também como distração e tentativa de criar uma agenda positiva em meio à pressão internacional.

Enquanto isso, nas ruas da Venezuela, a realidade segue marcada por dificuldades econômicas, hiperinflação e uma crescente onda migratória.

• Com informações da CNN