Pesquisadores analisaram os hábitos alimentares de mais de 123 mil pessoas e descobriram que as versões diet dos refrigerantes podem ser ainda piores para o fígado do que as versões com açúcar.
O estudo, apresentado na Semana Europeia de Gastroenterologia, revelou que consumir uma ou mais porções diárias de bebidas adoçadas artificialmente aumentou em 60% o risco de desenvolver DHEADM — a doença hepática gordurosa associada à disfunção metabólica, que já atinge cerca de 38% da população mundial. Já os refrigerantes açucarados elevaram o risco em 50%.
E não para por aí, o consumo frequente das versões diet também mostrou relação com desfechos hepáticos mais graves, como cirrose e câncer de fígado. A explicação, segundo os cientistas, está nos efeitos dos adoçantes sobre o organismo: eles podem alterar o microbioma intestinal, afetar a saciedade e até aumentar o desejo por doces.
Apesar de as diretrizes nutricionais já desaconselharem o consumo de bebidas açucaradas, os efeitos dos refrigerantes diet ainda eram pouco explorados. Essa nova análise do UK Biobank traz à tona uma preocupação urgente, principalmente porque muita gente consome essas bebidas acreditando estar “pegando leve”.
O dado que mais chama atenção? Trocar qualquer uma dessas bebidas por água reduz significativamente o risco: 12,8% no caso dos refrigerantes com açúcar, e 15,2% para os diet. Ou seja, a resposta pode estar justamente no mais simples. Na dúvida, o copo d’água segue sendo o melhor amigo do seu fígado.



