Em um movimento que sacudiu os corredores de Buckingham, o rei Charles III decidiu retirar o título de príncipe do irmão mais novo, Andrew, e expulsá-lo da luxuosa mansão onde vivia há mais de duas décadas. A medida foi anunciada na noite de quinta-feira (30) e marca um dos episódios mais duros da história recente da monarquia britânica.

O agora “senhor Andrew Mountbatten-Windsor” deixa para trás a Royal Lodge, residência de 30 cômodos em Windsor, para viver discretamente no interior. O gesto do rei foi interpretado como um ato de ruptura definitiva após anos de escândalos envolvendo Andrew e o falecido criminoso sexual Jeffrey Epstein.

A decisão veio logo após a publicação das memórias póstumas de Virginia Giuffre, que acusa Andrew de abuso sexual — algo que ele sempre negou. Mesmo assim, a pressão pública e política se tornou insustentável.

Fontes próximas ao palácio afirmam que o rei agiu para proteger a integridade da instituição. “Foi uma decisão difícil, mas inevitável”, comentou uma fonte à imprensa britânica. O comunicado oficial do palácio foi direto: Andrew perdeu o status de príncipe por ordem do monarca e sem direito a contestação.

A medida foi amplamente vista como um esforço de Charles para restaurar a confiança pública na realeza. Ainda assim, críticos afirmam que a punição é branda diante da gravidade das acusações. Para muitos britânicos, o escândalo de Andrew ainda ecoa como uma sombra sobre a monarquia — e o rei, desta vez, parece ter decidido que o silêncio já não era uma opção.