O fim de semana foi de atenção redobrada no céu do Rio de Janeiro. Durante a Cúpula do Brics, a Força Aérea Brasileira interceptou três aviões civis que cruzaram áreas de exclusão aérea criadas especialmente para proteger chefes de Estado. A ação envolveu caças Super Tucano, conhecidos pela rapidez na reação.
De acordo com o tenente-coronel Deoclides Fernandes, do Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea, as aeronaves foram detectadas no sábado e domingo. Assim que apareceram nos radares, os pilotos receberam ordens via rádio para deixar a região. Ainda assim, os caças decolaram para garantir que a instrução fosse seguida.
Os voos, classificados como aviação geral, não apresentaram resistência. “Eles saíram da área restrita sem problemas, mas a origem da incursão está sendo investigada”, disse Fernandes. O procedimento, segundo ele, é padrão: a FAB faz o contato, identifica quem está no comando e acompanha até que a situação esteja sob controle.
Enquanto dentro das salas de reunião as potências do Brics defendiam uma nova ordem global, a vigilância aérea se manteve firme. O Super Tucano, que opera no Brasil há mais de 20 anos, mostrou mais uma vez por que é peça-chave na segurança. Mesmo em tempos de tensão política, o cuidado com cada detalhe — inclusive o que acontece a milhares de metros de altura — se confirma essencial.



