
Com o céu limpo e o ar cada vez mais seco, Anápolis chegou a um ponto crítico: 60 dias sem chuvas significativas e umidade relativa abaixo de 20%, segundo alerta do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A cidade foi incluída na zona de “grande perigo” por tempo seco — situação que já afeta a saúde da população e acende o alerta para riscos de incêndios urbanos e rurais.
Desde o último registro de chuva, em 25 de junho, moradores enfrentam temperaturas acima dos 33°C e sentem no corpo os efeitos da estiagem prolongada. O ar seco causa irritações nos olhos, garganta e pele, além de agravar problemas respiratórios. O Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo) prevê que a situação deve continuar nos próximos dias.
Nesta segunda-feira (25), o Inmet reforçou o alerta para 147 cidades do Centro-Oeste — 78 delas em Goiás. Há previsão de que a umidade caia para menos de 12%, índice considerado extremo. Diante disso, a orientação é clara: evite atividades físicas nas horas mais quentes, hidrate-se constantemente e umidifique os ambientes internos.
Além dos problemas de saúde, a estiagem favorece o avanço das queimadas. A Defesa Civil já reforçou os canais de emergência: 199 e 193. Em caso de incêndios ou suspeitas, o contato imediato pode evitar tragédias maiores.
Municípios do norte e centro de Goiás enfrentam os piores cenários, com termômetros próximos aos 37°C. Em Anápolis, o calor segue firme, e a cidade segue à espera da chuva que não vem — enquanto o ar, cada vez mais seco, pesa no peito de quem respira o clima do cerrado.