
Dançar é muito mais do que se mexer ao som da música — pode ser um verdadeiro tratamento para o cérebro. É o que mostra uma revisão científica da Universidade de Sydney, na Austrália, que analisou 27 estudos internacionais. Os dados apontam que a dança tem o mesmo impacto positivo do exercício físico tradicional na saúde mental e cognitiva — e, em alguns casos, até mais.
Em apenas seis semanas de prática, os participantes já apresentaram melhora no humor, mais clareza mental e menos sintomas de ansiedade e depressão. E o melhor: sem precisar de pesos ou esteiras. É só deixar o corpo fluir com o ritmo.
A explicação está na química do cérebro. Durante a dança, o organismo libera endorfinas, serotonina e dopamina — substâncias que promovem bem-estar, aliviam o estresse e ajudam na regulação emocional. Mas não para por aí: a atividade também tonifica os músculos, melhora a circulação e fortalece o coração.
A diferença é que dançar diverte, e isso ajuda na constância. Muita gente larga a academia por tédio, mas na dança, o astral contagia.
“É como uma terapia. Saio da aula renovada”, diz Kênia Rosa, moradora do Itamaraty, que pratica zumba há dois anos.
Já Renata Cristina, do Las Palmas, vê na dança o equilíbrio que faltava:
“Alivia a ansiedade e ainda me conecta com outras pessoas”.
E o impacto vai além: os benefícios foram observados também em pessoas com Parkinson, Alzheimer e TDAH. A dança melhora a coordenação, memória e qualidade de vida. No fim das contas, mexer o corpo ao som da música pode ser o passo mais leve — e eficaz — rumo à saúde mental.