Desastre Humanitário
Afeganistão implora por ajuda internacional após terremoto devastador
Tremor destrói vilarejos inteiros e deixa mais de 800 mortos em região isolada e montanhosa

Moradores do Afeganistão relatam desespero após terremoto que deixou mais de 800 mortos
“Crianças, mulheres, idosos… todos ainda estão debaixo dos escombros.” O apelo emocionado de um morador de Mazar Dara ecoou nesta segunda-feira (1º), após um terremoto de magnitude 6,0 devastar vilarejos inteiros no leste do Afeganistão, perto da fronteira com o Paquistão.
O cenário é de completa destruição: casas de barro desabaram, estradas sumiram, e a ajuda quase não chega. O governo afegão confirmou 812 mortos e mais de 2.800 feridos até o momento, mas alerta que os números devem subir. Muitas regiões seguem isoladas, sem sinal ou acesso.
Moradores pedem, em lágrimas, por ajuda. “Nossa vila foi apagada do mapa. Cada casa tem pelo menos cinco feridos. Estamos sozinhos”, relatou um homem da região afetada.
O Ministério da Saúde pediu socorro internacional. Sharafat Zaman, porta-voz da pasta, afirmou que o terreno montanhoso dificulta o trabalho das equipes.
“As buscas são feitas com as mãos, com pás. Ainda temos gente soterrada.”
A ONU confirmou que está atuando em quatro províncias com envio de mantimentos, médicos e equipamentos. Mas o que se vê, por enquanto, é a população cavando entre os destroços na tentativa desesperada de salvar vizinhos, amigos, parentes.
No chão, famílias inteiras aguardam ambulâncias que nunca chegam. A cena é de silêncio interrompido por gritos de socorro. E a esperança, que insiste em resistir, se apoia no que o mundo decidir fazer nas próximas horas.
“Por Allah, nos ajudem”, clamou um morador. “Não temos mais nada.”