
A delicadeza não enfraquece — floresce. É com essa ideia que a bailarina, coreógrafa e produtora Ludmilla Lima retorna aos palcos com o espetáculo “Flor(e)ser”, que será apresentado na próxima sexta-feira, 12 de setembro, às 20h, no Teatro Municipal de Anápolis.
Com uma proposta sensível e potente, a obra traz um solo de dança contemporânea que mergulha na resiliência do feminino. O palco se transforma num espaço instável, onde o corpo busca equilíbrio na própria instabilidade. Para assistir, basta garantir o ingresso solidário na plataforma Sympla e doar 1 kg de alimento não perecível na entrada.
Ludmilla descreve a performance como uma travessia emocional, em que não há um enredo fixo, mas um percurso simbólico: raízes, resistência, desabrochar.
“Não é sobre uma mulher ideal, mas sobre a mulher real, marcada, plural, que insiste em florescer mesmo quando tudo parece seco demais”, destaca.
O espetáculo conta com direção artística de Gustavo Silvestre, figurino e cenário assinados por Danielle Abrão. A produção é da Plié Produções e foi contemplada pelo Edital de Dança 08/2024, da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB).
“Flor(e)ser” marca a quarta criação da Plié desde 2020 e confirma a assinatura poética de Ludmilla, que já dirigiu trabalhos como Versões de Caixa, inspirado nos silêncios da pandemia, e Encaixes, que rompe padrões e convida todos os corpos a dançar.
Dessa vez, ela sobe ao palco com os próprios passos, para contar — sem palavras — como o corpo da mulher se faz raiz, flor e furacão.