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Bastidores Revelados

Reuniões Secretas Selaram Encontro de Lula e Trump na ONU

Acordos discretos, videoconferências e atuação de diplomatas garantiram o tête-à-tête entre os presidentes em Nova York

O que parecia um encontro casual entre Lula e Donald Trump, na Assembleia-Geral da ONU, foi, na verdade, cuidadosamente costurado em silêncio por autoridades dos dois países. Documentos e relatos confirmam: o aperto de mãos em Nova York foi precedido por reuniões discretas, trocas diplomáticas e, principalmente, uma operação de bastidor que envolveu nomes de peso da política brasileira e americana.

Articulações teriam começado semanas antes do evento na ONU

A primeira peça do tabuleiro foi movida ainda em 11 de setembro, quando o vice-presidente Geraldo Alckmin participou de uma videoconferência com Jamieson Greer, representante comercial dos Estados Unidos. O gesto, que passou longe dos holofotes, teve como pano de fundo a intenção clara de aproximar os presidentes.

Poucos dias depois, em 15 de setembro, foi a vez do chanceler Mauro Vieira abrir as portas do Itamaraty para Richard Grenell. Nome conhecido nos círculos diplomáticos, Grenell já atuou como enviado especial em negociações delicadas, como com o regime venezuelano. Foi dele, segundo fontes, a responsabilidade de “amarrar” a possibilidade real do encontro.

Sem fotos, sem notas, sem rastros

A estratégia foi o silêncio. Não houve registro oficial. Nenhuma agenda divulgada. Nenhuma imagem. Nem os ministérios envolvidos nem a Casa Branca quiseram comentar. Tudo foi conduzido com discrição cirúrgica para evitar interferências — principalmente dos aliados de Jair Bolsonaro e do movimento MAGA, liderado nos EUA pelo deputado Eduardo Bolsonaro.

Na manhã de terça-feira (23), um diplomata confidenciou: Lula e Trump estariam na mesma sala reservada a chefes de Estado. Nenhuma barreira foi criada. Trump chegou antes, assistiu ao discurso de Lula e permaneceu. Lula, por sua vez, “escolheu” passar por ali sob o pretexto de pegar suas anotações.

Chave para o encontro: disposição mútua e discrição total

O que se viu diante das câmeras foi apenas o desfecho de uma articulação intensa. A conversa, segundo fontes com acesso direto às negociações, era esperada. A proximidade, planejada. E o clima, longe de ser espontâneo, foi o resultado de uma afinidade estratégica com interesses mútuos.

Nada foi improvisado. E tudo foi meticulosamente planejado para parecer que foi.

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  • Redação Citizen

    Redação do Portal Citizen

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