Briga Bilionária
Strava processa Garmin e ameaça romper parceria histórica
Aplicativo de corrida acusa gigante dos wearables de usar tecnologia sem permissão

Parceria em risco: Strava leva Garmin à Justiça por uso indevido de tecnologia
Uma das parcerias mais duradouras do mundo fitness digital acaba de estremecer. O Strava, popular aplicativo de monitoramento de corridas e treinos, entrou com um processo contra a Garmin, gigante dos dispositivos esportivos, alegando violação de patentes e quebra de contrato. A disputa, que corre na Justiça dos Estados Unidos desde 30 de setembro, pode afetar diretamente milhões de usuários que dependem da integração entre os relógios da marca e o App.
Segundo o Strava, a Garmin teria utilizado de forma indevida tecnologias protegidas por patentes, especialmente no recurso Live Segments — aquele que transforma trechos de treino em desafios com rankings entre amigos e atletas do mundo todo. O acordo, firmado entre as empresas em 2015, permitia essa integração. Agora, a plataforma quer barrar a venda de modelos da Garmin que estariam operando com essas ferramentas sem permissão.
A fabricante de wearables, que somou US$ 1,81 bilhão em receita no segundo trimestre de 2025, ainda não respondeu publicamente à acusação. Nos bastidores, a tensão é alta: não se trata só de um desacordo comercial, mas de uma possível ruptura que pode obrigar usuários a repensarem seus hábitos de treino.
Para corredores e ciclistas, a notícia caiu como um balde de água fria. Com o racha, a experiência fluida entre registrar uma pedalada no smartwatch e analisar o desempenho no celular pode deixar de existir ao menos com a facilidade de antes. O resultado da disputa pode redesenhar o mercado de tecnologia esportiva.