Mundo

Sufoco Mortal

Nova Délhi enfrenta pior qualidade do ar do planeta após Diwali

Índice de poluição ultrapassa 400 e transforma a capital da Índia em um alerta global de saúde pública

A terça-feira amanheceu tóxica em Nova Délhi. Literalmente. A capital da Índia registrou o ar mais poluído do mundo, segundo o monitoramento do grupo suíço IQAir. A cidade ficou coberta por uma névoa espessa e perigosa, com leitura de 442 no índice de qualidade do ar, o que ultrapassa em mais de 59 vezes o limite seguro estabelecido pela OMS.

O principal gatilho foi o uso indiscriminado de fogos de artifício durante o Diwali, o tradicional festival hindu das luzes. Apesar de restrições da Suprema Corte indiana, que autorizou apenas os chamados “fogos verdes” por poucas horas, moradores relataram explosões fora do horário permitido por toda a cidade.

Dessa vez, nem os marcos mais icônicos escaparam: o Portão da Índia e o Templo Akshardham amanheceram envoltos por fumaça densa, quase irreconhecíveis. A previsão? Nada animadora. O governo estima que a qualidade do ar deve continuar entre as faixas “muito ruim” e “perigosa” pelos próximos dias.

O perigo tem nome: PM 2.5. Essas partículas microscópicas penetram fundo nos pulmões, alcançam a corrente sanguínea e estão diretamente associadas a doenças como AVC, câncer e insuficiência respiratória. Em uma cidade com mais de 20 milhões de habitantes, o impacto é devastador.

No inverno, a situação só piora. O ar frio retém poluentes, e a mistura de fumaça agrícola, tráfego intenso e construção civil forma uma cortina que ameaça a saúde pública de maneira constante.

A cada ano, o Diwali se torna um reflexo cruel do desequilíbrio entre tradição e sustentabilidade. E, em 2025, esse contraste explodiu no céu — e nos pulmões.

  • Fonte da informação:
  • Leia na fonte original da informação
  • Redação Citizen

    Redação do Portal Citizen

    Artigos relacionados

    Botão Voltar ao topo