
A menos de um mês da COP30, em Belém, o mundo corre para se adaptar ao novo normal climático. Segundo relatório da ONU, 144 países já entregaram planos com medidas para enfrentar secas severas, enchentes, ondas de calor e o avanço do mar sobre comunidades inteiras.
Esses documentos saem do papel e começam a ganhar contornos reais. O Brasil, por exemplo, desenvolve o projeto “Marajó Resiliente”, voltado à segurança hídrica de uma das regiões mais vulneráveis do país. No Peru, ecossistemas são protegidos com foco na biodiversidade. A Zâmbia aposta em silos movidos a energia solar para estocar alimentos e lidar com a instabilidade das colheitas. Já no Haiti, políticas de adaptação incluem não só cupons de alimentos, mas também programas de poupança e crédito que consideram as desigualdades de gênero nos impactos do clima.
Apesar do avanço nas estratégias, o gargalo continua o mesmo: dinheiro. O Secretário-Geral da ONU para o Clima, Simon Stiell, foi direto. Para colocar tudo em prática, será preciso mobilizar nada menos que US$ 1,3 trilhão. A meta ambiciosa é uma das grandes apostas da COP30.
Enquanto isso, o mundo segue aquecendo — e os países, mesmo os que mais sofrem, tentam se manter de pé.