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Aniversário Histórico

Goiânia celebra 92 anos e relembra a ousadia que mudou a história de Goiás

Criada por Pedro Ludovico Teixeira, a capital nasceu com a missão de modernizar o estado e romper com a antiga elite política de Vila Boa

A cidade que nasceu para mudar Goiás

Nesta sexta-feira, 24 de outubro, Goiânia completa 92 anos. Mais do que um aniversário, a data celebra a coragem de um projeto que transformou o rumo político e social de Goiás. Fundada em 1933, a cidade foi planejada para ser símbolo de progresso, higiene e modernidade — uma ruptura com o passado da antiga capital, a Cidade de Goiás, conhecida como Vila Boa.

A ideia de criar uma nova capital surgiu em meio às transformações da Revolução de 1930, quando Getúlio Vargas assumiu o poder e nomeou interventores em todo o país. Em Goiás, o escolhido foi o médico Pedro Ludovico Teixeira, que enfrentou a influência da poderosa família Caiado e decidiu que era hora de começar uma nova era.

Razões políticas, geográficas e sanitárias

Pedro Ludovico justificou a mudança da capital por motivos práticos — Vila Boa tinha limitações geográficas e estruturais que impediam sua expansão. Mas havia, também, um objetivo político claro: descentralizar o poder das velhas oligarquias e aproximar o governo do restante do estado.

O novo local foi escolhido às margens do córrego Botafogo, entre as fazendas Crimeia, Vaca Brava e Botafogo, no município de Campinas. O decreto nº 3.359, de 18 de maio de 1933, oficializou a decisão. Meses depois, em 24 de outubro de 1933, data que também marcava o terceiro aniversário da Revolução de 1930, Pedro Ludovico lançou a pedra fundamental de Goiânia.

Um líder firme e visionário

Descrito por historiadores como um homem de personalidade forte e ideias avançadas, Pedro Ludovico foi peça-chave na construção da identidade goiana. O jornalista Hélio Rocha lembra que ele era “politicamente sábio e firme nas decisões”, características que o ajudaram a consolidar o novo centro político do estado.

Mas o interventor também tinha um lado afável e humano. Seu neto, Luiz Teixeira, recorda o avô como um homem calmo, que adorava dançar e fazer piadas.

“Todo mundo achava que ele era bravo, mas era de uma paciência enorme. Nem parecia que tinha lutado na Revolução de 1930”, conta.

Um marco de modernização e identidade

Hoje, 92 anos depois, Goiânia continua sendo um reflexo da visão ousada de seu fundador. Planejada, acolhedora e dinâmica, a cidade simboliza a força de um projeto que nasceu do desejo de renovar Goiás — e que segue, década após década, inspirando novas gerações.

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  • Redação Citizen

    Redação do Portal Citizen

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