Durante uma entrevista ao programa “60 Minutes”, da emissora CBS, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez novas declarações que movimentaram o cenário geopolítico internacional. Ele acusou Rússia e China de realizarem testes nucleares “escondidos” e confirmou a retomada das atividades nucleares americanas após 33 anos de pausa.

“A Rússia e a China fazem testes, mas não falam sobre isso. Nós somos uma sociedade aberta, falamos sobre tudo. Eles testam lá no subsolo, onde ninguém sabe o que está acontecendo”, disse Trump à jornalista Norah O’Donnell.

O presidente também mencionou que Coreia do Norte e Paquistão estariam envolvidos em práticas semelhantes.

A decisão de Washington de retomar seus testes ocorre num momento em que potências rivais exibem novos arsenais estratégicos. A Rússia, por exemplo, apresentou o drone submarino Poseidon, capaz de atingir velocidades de até 200 km/h e contaminar áreas costeiras com água radioativa, e o míssil Burevestnik, movido a propulsão nuclear e com alcance praticamente ilimitado.

Especialistas alertam que a escalada pode reabrir feridas de um passado sombrio: entre 1945 e 1996, mais de dois mil testes nucleares foram realizados no mundo, deixando rastros de contaminação e destruição ambiental. Agora, com o retorno dos testes americanos, cresce o temor de uma nova corrida nuclear — e o planeta volta a conviver com o fantasma de um poder bélico sem precedentes.