A descoberta caiu como uma daquelas notícias que a gente lê duas vezes pra ter certeza: cientistas encontraram triptofano — um aminoácido essencial para o corpo humano — em amostras do asteroide Bennu. O estudo, publicado pela revista PNAS, traz novas peças para um quebra-cabeça que a humanidade tenta montar há décadas: como surgiram os ingredientes básicos da vida?

Bennu passa perto da Terra a cada seis anos e ficou famoso pela missão que coletou material diretamente de sua superfície. E foi nesse material, preservado como cápsula do tempo, que os pesquisadores identificaram compostos orgânicos fundamentais, incluindo nucleobases usadas no DNA e no RNA. No meio desse conjunto, apareceu o triptofano, que nunca tinha sido registrado em meteoritos ou amostras espaciais.

Por que esse aminoácido chama tanta atenção

O triptofano é o mesmo que aparece nas conversas de quem luta por uma boa noite de sono. Não é produzido pelo corpo, então depende totalmente da alimentação. Ele participa da formação de serotonina e melatonina, substâncias que ajudam a organizar humor, bem-estar e o ciclo sono-vigília. Baixos níveis do aminoácido costumam se refletir em cansaço, irritação e dificuldade para dormir.

O fato de um composto tão importante ter sido encontrado em Bennu reforça a teoria de que moléculas prebióticas podem ter sido entregues à Terra por impactos cósmicos no início do Sistema Solar. É como se o espaço tivesse ajudado a abastecer o planeta com os primeiros ingredientes da vida.

Onde esse aminoácido aparece no dia a dia

No cotidiano, o triptofano está em alimentos como sementes de abóbora, gergelim, soja e até no famoso queijo cheddar — embora este último não seja exatamente o mais saudável. Entre as opções mais equilibradas, o peito de frango se destaca: é acessível, rico no aminoácido e pobre em gordura saturada, o que combina perfeitamente com quem busca uma alimentação mais leve.