A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro chamou de “absurda” a acusação da Procuradoria-Geral da República sobre sua suposta liderança em uma trama golpista para impedir a posse de Lula. Num documento de 197 páginas entregue ao STF, os advogados afirmam que não há provas do envolvimento direto de Bolsonaro, nem nos atos de 8 de janeiro nem na circulação de minutas que previam a prisão de ministros.
“Não existe golpe sem ato”: diz equipe jurídica
Segundo os advogados, o ex-presidente jamais assinou qualquer decreto, nem ordenou ações de força. Para eles, a PGR não apresentou elementos concretos que sustentem a denúncia. “Não há texto, ordem ou movimentação militar. Não existe golpe sem ato violento”, sustentam.
Delator desacreditado
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, também é alvo do time jurídico. Chamado de “delator sem credibilidade”, Cid é acusado de omitir informações, mentir e violar os termos do acordo de colaboração. Mesmo assim, a defesa questiona o fato de a PGR pedir a manutenção dos benefícios da delação.
Julgamento se aproxima
Com o envio das alegações finais, o processo segue para o relator Alexandre de Moraes. A expectativa é de julgamento em setembro, na Primeira Turma do STF. Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto. A defesa insiste: “não há prova, só narrativa”.
