
Enquanto boa parte do mundo ainda tenta entender como viver mais, Cingapura já está vivendo melhor. O número de moradores com 100 anos ou mais dobrou em apenas uma década. E isso não tem nada a ver com sorte ou genética: tem tudo a ver com decisão política.
Lá atrás, quando o país se tornou independente, a expectativa de vida mal passava dos 60 anos. Hoje, beira os 87. Um salto impressionante. Mas o mais curioso é que Cingapura virou a primeira “zona azul” do mundo criada por políticas públicas — e não por tradições culturais enraizadas.
O governo apertou o cerco contra o cigarro, taxou álcool pesado, incentivou hábitos saudáveis nas escolas e na rotina urbana. Caminhar virou hábito. Comer melhor, quase regra. Até os rótulos nas bebidas ajudaram a população a pensar duas vezes antes de escolher refrigerantes cheios de açúcar.
Mas viver mais não se resume a cuidar do corpo. Em Cingapura, os espaços verdes estão por toda parte. Parques, jardins e até academias ao ar livre fazem parte do dia a dia. A cidade-jardim não é só título: é estilo de vida.
A saúde pública funciona, a segurança é real, e a limpeza, levada a sério. Há regras duras, sim, mas também uma vida urbana que convida ao bem-estar. E no fim das contas, essa combinação de disciplina com bem comum parece ser o segredo para alcançar — e curtir — a tão sonhada vida longa.