Tolerância Zero
EUA cancelam visto de brasileiro por ironia sobre morte de Charlie Kirk
Departamento de Estado diz que publicações comemoravam assassinato do ativista conservador

Um brasileiro está entre os seis estrangeiros que tiveram seus vistos revogados pelos Estados Unidos nesta terça-feira (14), após publicações consideradas irônicas sobre a morte do ativista de direita Charlie Kirk. A medida foi anunciada pelo Departamento de Estado e gerou polêmica nas redes sociais e entre entidades de direitos civis.
As mensagens, segundo o órgão, celebravam o assassinato de Kirk, morto no mês passado enquanto discursava em uma universidade de Utah. Em uma das postagens citadas, o brasileiro teria afirmado que “Charlie Kirk foi o motivo de um comício nazista” e que “morreu tarde demais”.
Sem divulgar nomes, o Departamento de Estado foi direto:
“Os Estados Unidos não têm obrigação de receber estrangeiros que desejam a morte de americanos”.
A nota ainda afirmou que o presidente Donald Trump e o secretário de Estado, Marco Rubio, estão comprometidos com o reforço das leis migratórias “para proteger nossa cultura e nossos cidadãos”.
A decisão acontece em meio à ampliação da ofensiva migratória da atual gestão republicana. Além do cancelamento de vistos por declarações ofensivas, o governo já barrou diplomatas, líderes políticos e ativistas que criticam abertamente a política externa americana.
Para defensores da liberdade de expressão, a medida abre um precedente perigoso. Grupos de direitos civis alertam que estrangeiros agora podem ser punidos por opiniões pessoais nas redes, mesmo sem violar leis dentro do território americano. Ainda assim, o recado foi dado: nos EUA de Trump, ironia pode custar caro.