O campo goiano está vivendo um momento inédito. De março até agosto, Goiás se tornou o líder nacional na liberação de recursos do AgroAmigo, o mais novo programa de microcrédito rural do Governo Federal. Só no estado, já são 556 contratos assinados e R$ 6,55 milhões em financiamentos destinados a pequenos produtores.

A iniciativa chegou para mudar a rotina de agricultores familiares que antes tinham o sonho de investir, mas não conseguiam crédito. Agora, com juros de apenas 0,5% ao ano e bônus de adimplência de até 40%, plantar, criar e produzir deixou de ser só sobrevivência — virou esperança de progresso.

Lançado oficialmente nesta segunda-feira (25), o AgroAmigo atende quem mais precisa: agricultores enquadrados no Pronaf, assentados, pescadores, quilombolas, indígenas e famílias ribeirinhas com renda anual de até R$ 50 mil. O dinheiro já tem destino certo — de reservatórios d’água a pequenos armazéns, passando por sementes, reprodutores e até sistemas de irrigação.

Em Goiás, onde os efeitos do programa começaram a ser sentidos logo após o início das operações em março, 287 produtores já haviam sido atendidos até agosto, movimentando R$ 3,4 milhões só nessa primeira leva. A parceria com a Caixa Econômica Federal tem sido essencial para agilizar a chegada dos recursos.

Para o ministro Waldez Góes, o impacto do programa é social e econômico. “É inclusão produtiva real. Com esse crédito acessível, o pequeno agricultor passa a integrar de verdade o processo de desenvolvimento do país.”

Enquanto isso, nas pequenas propriedades do interior goiano, o que se vê é mais que números: são famílias plantando o futuro com as próprias mãos.