Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) identificaram no Brasil um caso importado da nova variante do vírus influenza A (H3N2), conhecida como “gripe K”. A detecção reforça a atenção das autoridades de saúde para a circulação precoce e mais intensa do vírus neste período do ano.

Especialistas esclarecem que a gripe K não é um vírus novo. Trata-se de uma variação genética do H3N2, resultado de mutações naturais do vírus ao longo do tempo. O que chama atenção é a velocidade e intensidade com que o subclado K tem se espalhado em alguns países, incluindo Europa, Estados Unidos e nações da Ásia.

Os sintomas iniciais da gripe K incluem febre alta, dores musculares intensas e mal-estar significativo, muitas vezes acompanhados de dor de garganta e tosse. Diferente do resfriado comum, a gripe provoca prostração e limita a rotina do paciente.

Idosos, crianças pequenas, gestantes e pessoas com doenças crônicas estão entre os grupos mais vulneráveis, podendo desenvolver formas graves da doença. Em casos de febre persistente, dificuldade respiratória ou piora dos sintomas, é recomendado buscar atendimento médico imediato.

Tratamentos antivirais são eficazes quando iniciados nas primeiras 48 horas, reduzindo a duração da doença e o risco de complicações. Até o momento, não há evidências de que a gripe K seja mais grave que outras variantes da influenza A, mas sua circulação antecipada preocupa por potencializar o impacto nos serviços de saúde.

A vacinação anual contra a influenza continua sendo a principal medida de prevenção, especialmente para grupos de risco. Medidas de higiene, uso de máscara em caso de sintomas respiratórios e ventilação de ambientes seguem como ferramentas importantes para reduzir a transmissão.