Tragédia
Jamaica declara calamidade pública após devastação do furacão Melissa
Governo adota medidas emergenciais para conter especulação e garantir alimentos após passagem do segundo furacão mais forte do Atlântico
 
						A Jamaica amanheceu em estado de calamidade pública nesta terça-feira (29), após a passagem do furacão Melissa, que devastou regiões inteiras da ilha. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro Andrew Holness, que explicou que a medida busca evitar a especulação de preços e garantir que os cidadãos tenham acesso a alimentos, água e produtos essenciais.
“Precisamos proteger os consumidores e impedir abusos neste momento crítico”, afirmou Holness em comunicado divulgado nas redes sociais.
A decisão dá ao governo poder para agir rapidamente na reconstrução do país e na estabilização econômica, enquanto comunidades tentam se reerguer em meio a escombros e falta de energia elétrica.
Melissa: um furacão histórico no Atlântico
Com ventos de até 298 km/h, o furacão Melissa é o segundo mais forte já registrado no Atlântico desde 1851, empatando com o furacão Dorian de 2019 e o de 1935 que atingiu os Florida Keys. Só perde em intensidade para o furacão Allen, de 1980.
Na Jamaica, o Melissa chegou com ventos 88 km/h mais intensos que os do furacão Gilbert, que em 1988 era considerado o mais poderoso da história do país. Após atravessar o território jamaicano, a tempestade seguiu em direção a Cuba, onde tocou o solo com categoria 3 nas primeiras horas da quarta-feira (29).
Mortes e destruição no Caribe
Pelo menos sete pessoas morreram em consequência do furacão: três na Jamaica, três no Haiti e uma na República Dominicana. Ruas alagadas, casas destruídas e interrupções nas comunicações refletem a força devastadora do fenômeno, que elevou o nível do mar em até 3,6 metros.
Enquanto o Caribe conta prejuízos e busca sobreviventes, especialistas já classificam o Melissa como um marco na história dos furacões — um alerta sobre o avanço das tempestades extremas no Atlântico.
 
				



