
Medvedev sobe o tom e diz que ultimatos de Trump à Rússia são “passos rumo à guerra”
A temperatura entre Washington e Moscou voltou a subir. Nesta segunda-feira (28), o ex-presidente da Rússia e atual vice-presidente do Conselho de Segurança, Dmitry Medvedev, disparou contra Donald Trump após o americano reduzir, publicamente, o prazo para que Vladimir Putin aceite um cessar-fogo na Ucrânia. A fala, publicada no X (antigo Twitter), foi direta: “Cada novo ultimato é um passo rumo à guerra. Não entre Rússia e Ucrânia, mas com o próprio país dele”, escreveu.
O comentário veio horas depois de Trump declarar que dará apenas “10 ou 12 dias” para que o líder russo aceite um acordo de paz — encurtando o prazo anterior de 50 dias. “Estou decepcionado com Putin”, disse, sem esconder a pressão.
Medvedev, aliado próximo do Kremlin, ironizou o tom do republicano e fez um alerta que ecoa em meio à tensão global. “A Rússia não é Israel nem o Irã”, escreveu, insinuando que tratativas com Moscou exigem outro tipo de cálculo político e militar.
Enquanto o mundo observa com apreensão, o embate verbal entre dois gigantes nucleares acende um sinal vermelho no tabuleiro da diplomacia internacional. O risco, agora, parece estar menos na Europa Oriental e mais na rota direta entre Washington e Moscou.