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Herói Real

Nadador salva 165 pessoas no Texas e emociona o país, “Só queria ajudar”

Na sua primeira missão, Scott Ruskan resgata 165 pessoas em acampamento alagado no Texas e se torna símbolo de coragem em meio ao caos

Scott Ruskan não esperava que sua primeira missão como nadador de resgate da Guarda Costeira fosse se transformar em uma operação histórica. Ele também não esperava virar herói nacional em menos de 24 horas. Mas foi exatamente isso que aconteceu no interior do Texas, depois que uma tempestade destruiu pontes, isolou estradas e deixou centenas de pessoas ilhadas — a maioria, crianças.

Com o helicóptero cortando os céus sob chuva intensa e visibilidade quase nula, Ruskan insistiu até conseguir pousar sozinho no Camp Mystic, um acampamento de verão completamente cercado pela enchente. A situação era urgente, 200 crianças aguardavam resgate em meio à lama e ao medo.

As tentativas de pouso anteriores tinham falhado. As condições climáticas eram péssimas. Ruskan estava sem sinal de celular, com falhas no rádio e longe de qualquer apoio imediato. Mesmo assim, ele decidiu seguir sozinho.

“Não tinha como esperar. A água subia rápido, e não havia outra saída. Barco? Impossível. Estrada? Sumiu. Era por helicóptero ou nada”, disse ele em entrevista.

Foram horas puxando crianças em grupos, organizando filas, acalmando quem chorava, carregando quem não conseguia andar. Em média, ele levava 10 a 15 pessoas por vez até os helicópteros militares que aguardavam mais adiante, em terreno seco.

Trabalho em equipe no resgate das vítimas da enchente no Texas

Resgatista Melhor 

O mais impressionante, talvez, não tenha sido o número de vidas salvas, mas a forma como tudo aconteceu. Na conversa com a CNN, Ruskan se emocionou ao falar diretamente com as crianças que ajudou:

“Vocês foram incríveis, de verdade. Corajosas demais. Isso me tornou um resgatista melhor.”

165 vidas salvas na primeira missão

 A secretária de Segurança Interna dos EUA chamou Ruskan de “herói americano”. Mas ele rebateu com simplicidade: “Sou só um cara comum que decidiu levantar a mão e ajudar.”

Ruskan mal havia recebido o crachá quando tudo aconteceu. A operação no Texas foi sua primeira missão real. Mesmo assim, ele sabia exatamente o que fazer. Disse que confiou no treinamento e nos valores da equipe.

“Qualquer um da minha unidade faria o mesmo. A gente se prepara pra isso. Ninguém escolhe ser herói. Mas quando a vida coloca esse tipo de coisa na sua frente, você só vai.”

Rede de Apoio 

Embora Ruskan tenha ganhado destaque por ter pousado sozinho no acampamento, ele fez questão de lembrar que havia uma rede inteira de profissionais atuando. A Guarda Costeira, o Exército, voluntários, moradores da região… Todos ajudaram.

Ainda assim, o país viu em Ruskan algo raro, coragem silenciosa, ação sem vaidade, e humanidade em estado puro. Talvez por isso tanta gente tenha se emocionado. Porque, no fim, é disso que o mundo precisa, gente disposta a agir, mesmo sem saber se vai dar certo.

  • Com informações da CNN
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  • Redação Citizen

    Redação do Portal Citizen

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