O sol mal havia nascido quando o Papa Leão XIV pousou de helicóptero em um campo lotado de mochilas, bandeiras e orações. Mais de 1 milhão de jovens, vindos de todos os cantos do planeta, aguardavam o momento com cânticos, lágrimas e expectativa. A missa deste domingo (3), em Roma, marcou o fim do Jubileu dos Jovens e deixou algo claro: fé e juventude caminham lado a lado quando o assunto é mudar o mundo.

Em um palco monumental, cercado por 450 bispos e quase 700 padres, o sumo pontífice, de 69 anos, emocionou ao falar de paz. “Estamos com os jovens de Gaza, da Ucrânia e de todos os países feridos pela guerra. Um mundo diferente é possível”, disse, num inglês sereno e firme, durante a oração do Ângelus.

A semana foi intensa. De confissões ao ar livre no Circus Maximus a vigílias sob as estrelas, Roma virou palco de espiritualidade vibrante. A imprensa local apelidou o encontro de “Woodstock católica” – uma festa da fé, mas também um chamado à ação.

“Não se conformem. Aspirem à santidade onde quer que estejam”, disse o Papa na homilia. A fala ecoou entre lágrimas, abraços e celulares erguidos. Jovens dormiram em sacos de dormir, muitos sob céu aberto, movidos por uma fé inquieta que pede mais do que orações: pede mudança.

O Jubileu terminou, mas a mensagem ficou. Santidade, sim. Mas com coragem, com alegria e, acima de tudo, com um compromisso real pela paz.