Tecnologia e Vida
Projeto inédito de Goiás identifica bebês na maternidade e evita trocas e fraudes
Sistema biométrico é implantado em 10 unidades de saúde e deve se tornar obrigatório em todo o estado

Goiás deu um passo ousado e necessário na proteção de recém-nascidos. O governo estadual lançou o projeto Identificação Neonatal Goiás, que já está em fase de implantação em dez maternidades e promete acabar com as temidas trocas de bebês nas unidades de saúde. O sistema é baseado na coleta das digitais da mãe e do bebê, em três momentos distintos: após o parto, durante a internação e na alta.
A ideia é confirmar a identidade do recém-nascido de forma segura e definitiva, sem depender de métodos ultrapassados. E o mais importante — tudo acontece dentro da própria maternidade, com profissionais capacitados por peritos da Polícia Civil.
O protocolo já foi colocado em prática na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, em Goiânia, que se tornou a primeira a receber o selo “Maternidade Segura”, com 100% do processo em funcionamento. O plano agora é expandir o projeto e torná-lo obrigatório para todas as maternidades públicas e privadas do estado.
“Isso evita trocas, fraudes, sequestros. É um avanço importante num momento tão delicado para as famílias”, reforçou Rasível Santos, secretário estadual de Saúde.
A ação integra a política de modernização tecnológica do estado, que já investiu R$ 670 milhões em inteligência artificial e sistemas integrados.
Para o delegado-geral da Polícia Civil, André Ganga, o projeto é único no país:
“É uma inovação brasileira, e Goiás é pioneiro”.
Já o governador Ronaldo Caiado lembrou que o nascimento é o início da cidadania:
“Minutos depois de nascer, a criança já tem identidade e segurança”.
É a tecnologia entrando na sala de parto — não para substituir o toque humano, mas para garantir que cada bebê tenha, desde o primeiro suspiro, o direito de ser quem realmente é.