Vladimir Putin recebeu nesta quarta-feira (6) o enviado especial de Donald Trump, Steve Witkoff, para uma reunião de três horas no Kremlin que, segundo o governo russo, foi “útil e construtiva”.

A conversa acontece às vésperas do prazo dado pelo ex-presidente dos EUA para que Moscou se posicione oficialmente sobre um acordo de paz na Ucrânia ou enfrente novas sanções americanas.

De acordo com Yuri Ushakov, assessor de política externa do Kremlin, o encontro tratou principalmente do conflito em território ucraniano e da possibilidade de reaproximação entre os dois países.

“Recebemos certos sinais de Trump e enviamos mensagens em troca”, afirmou Ushakov ao canal russo Zvezda.

A guerra iniciada pela Rússia em fevereiro de 2022 já se arrasta por mais de três anos, com Moscou mantendo controle de cerca de 20% da Ucrânia. O governo russo anexou formalmente quatro regiões do país: Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia.

Apesar da lentidão nos avanços militares, o Kremlin não demonstra disposição para abandonar seus objetivos na guerra. Enquanto isso, Trump tenta pressionar uma solução negociada, mesmo antes das eleições presidenciais nos Estados Unidos.

A Ucrânia, por sua vez, tem intensificado ataques em solo russo, atingindo alvos militares estratégicos. O Kremlin responde com ofensivas aéreas, muitas vezes usando drones. Ambos os lados negam ataques a civis, mas o número de mortos já ultrapassa milhares, a maioria ucranianos.

Estima-se que 1,2 milhão de pessoas tenham sido mortas ou feridas desde o início do conflito, segundo dados dos EUA.