Economia e NegóciosGoiás

Energia Cara

Reajuste da Equatorial Goiás preocupa indústria e ameaça competitividade no Estado

Aumento de 18,5% nas tarifas de energia deve pressionar custos e afetar empregos no setor produtivo goiano

Setor produtivo acende alerta com novo aumento de tarifas

O novo reajuste de 18,5% nas tarifas da Equatorial Goiás, autorizado pela Aneel em 21 de outubro de 2025, acendeu um alerta vermelho no setor industrial goiano. O aumento, que atinge mais de 3,5 milhões de consumidores — entre residenciais, rurais e empresariais —, promete pesar no bolso e comprometer a competitividade das empresas locais.

Para quem vive o dia a dia da produção, o impacto é direto: a energia elétrica representa mais de 20% dos custos operacionais de vários segmentos industriais. Em setores como alimentos, mineração e metalurgia, a alta pode reduzir margens de lucro, atrasar investimentos e até ameaçar postos de trabalho.

Energia mais cara, produtos menos competitivos

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que o custo da energia já corresponde de 20% a 35% das despesas operacionais de médias e grandes empresas. Com o reajuste, Goiás corre o risco de perder espaço para estados onde a tarifa é mais estável e barata. O reflexo é imediato nas cadeias produtivas e na logística — dois pilares essenciais da economia regional.

E não é só o valor que preocupa. A volatilidade tarifária nos últimos oito anos tem criado incerteza e dificultado o planejamento financeiro das indústrias. Entre 2018 e 2025, os aumentos oscilaram de -5,3% a +26,5% para consumidores de alta tensão, enquanto os de baixa tensão variaram entre -4,3% e +19%.

Caminhos possíveis e esperança no diálogo

Diante do cenário, especialistas defendem maior diálogo entre o setor produtivo, Aneel e o Ministério de Minas e Energia. A pauta inclui discutir políticas de modicidade tarifária, incentivar fontes renováveis e ampliar programas de eficiência energética.

Nesse contexto, o SENAI Goiás surge como parceiro estratégico para ajudar as indústrias a adotarem soluções tecnológicas, como usinas fotovoltaicas e migração para o Mercado Livre de Energia. A meta é simples, mas urgente: garantir que a energia cara não apague o crescimento da indústria goiana.

  • Fonte da informação:
  • Leia na fonte original da informação
  • Redação Citizen

    Redação do Portal Citizen

    Artigos relacionados

    Botão Voltar ao topo