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Mudanças Climáticas

Rios do mundo mudam de rumo e alertam para colapso hídrico silencioso

Estudo global revela alterações drásticas no fluxo de rios e acende sinal vermelho para água potável, agricultura e risco de enchentes

A Terra está falando, e seus rios estão gritando. Um mapeamento inédito, que analisou o fluxo de quase 3 milhões de rios ao longo dos últimos 35 anos, revelou uma verdade incômoda: eles estão mudando — rápido, de forma desigual e com consequências graves para todos nós.

O estudo, publicado na revista Science, usou satélites e modelos matemáticos para entender como a água doce se move pelo planeta. A conclusão? Quase metade dos grandes rios, especialmente em regiões mais baixas, está levando menos água a cada ano. Entre os mais afetados estão o Congo, o Yangtzé e o Rio da Prata — este último, bem perto de casa, na América do Sul.

Em contrapartida, alguns rios menores, especialmente em regiões montanhosas, estão correndo mais rápido — graças ao derretimento do gelo e à chuva intensa provocada pelo aquecimento global. Isso pode parecer bom, mas não é tão simples. O excesso de velocidade traz mais sedimentos que entopem barragens, agravam enchentes e colocam populações inteiras em risco.

Para os cientistas, os rios funcionam como vasos sanguíneos da Terra. E se o “sangue” começa a falhar, o organismo inteiro sofre. Colin Gleason, da Universidade de Massachusetts, não poupou palavras: “Meu Deus, os rios estão mudando 10% ao ano”. É uma transformação rápida demais para um planeta que ainda não entendeu a gravidade da crise.

O problema é claro: a ação humana e a queima de combustíveis fósseis estão mexendo onde não deveriam. E o preço vai ser cobrado, cedo ou tarde, com secas mais severas, cheias mais destrutivas e um desequilíbrio que afeta desde o peixe no rio até o arroz no prato.

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  • Redação Citizen

    Redação do Portal Citizen

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