Sucessão no Judiciário
STF confirma Edson Fachin como novo presidente
Em votação simbólica, ministro assume comando da Corte e do CNJ a partir de setembro

O Supremo Tribunal Federal escolheu nesta quarta-feira (13) o ministro Edson Fachin como novo presidente da Corte. A votação seguiu o rito tradicional, por antiguidade, e foi simbólica — sem surpresas. Alexandre de Moraes ocupará a vice-presidência no biênio 2025-2027.
A posse está prevista para setembro, encerrando a gestão do atual presidente, Luís Roberto Barroso. Com a nova função, Fachin também assume o comando do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), papel estratégico na administração do Judiciário brasileiro.
Natural de Rondinha (RS), Fachin tem 67 anos e um longo histórico acadêmico: é professor titular de Direito Civil da UFPR, com formação, mestrado e doutorado pela PUC-SP e pós-doutorado no Canadá. Foi indicado ao STF pela ex-presidente Dilma Rousseff e está na Corte desde 2015.
A sucessão, embora protocolar, sinaliza um novo momento no Supremo. Fachin carrega a reputação de técnico, discreto e defensor de garantias constitucionais. Já Moraes, seu vice, tende a manter forte protagonismo em pautas de segurança institucional.
Nos bastidores, o clima é de estabilidade, ao menos por ora. A nova presidência deve focar em decisões colegiadas, transparência e fortalecimento institucional. A atenção agora se volta para a posse, que deve ocorrer sem grandes eventos, mas com forte simbolismo político.