As chuvas que caíram entre quinta (14) e sexta-feira (15) transformaram a paisagem montanhosa entre Índia e Paquistão num cenário de destruição. Já são mais de 200 mortos e dezenas de desaparecidos. O número, infelizmente, não para de crescer.

Na região do norte do Paquistão, onde a temporada de monções já vinha castigando cidades inteiras, o desastre atingiu um novo patamar. Só nas últimas 24 horas, 164 pessoas perderam a vida. O governo paquistanês confirmou também a queda de um helicóptero de resgate, que levava suprimentos a Bajaur. Ninguém sobreviveu.

Do outro lado da fronteira, na Índia, o cenário também é dramático: inundações repentinas, casas soterradas e famílias inteiras desabrigadas. As equipes de resgate se desdobram entre os escombros e a lama para tentar encontrar sobreviventes. Pelo menos 1.600 pessoas já foram retiradas das áreas de risco.

A província de Khyber-Pakhtunkhwa, no Paquistão, é a mais afetada. Só ali, foram 150 mortos. Em Gilgit-Baltistan, área turística que virou zona de emergência, outras cinco pessoas morreram. A situação na Caxemira paquistanesa também é crítica.

A temporada de monções, que deveria durar até setembro, já deixou quase 500 mortos só no Paquistão. O impacto do clima extremo volta a escancarar a vulnerabilidade de populações inteiras diante de desastres naturais — que têm se tornado cada vez mais frequentes e violentos.