Um feito inédito colocou Goiás no topo da ciência ambiental brasileira. A Universidade Estadual de Goiás (UEG) conquistou o Prêmio Capes de Tese 2025 com uma pesquisa que investiga a contaminação dos principais rios do Cerrado. O trabalho do pesquisador Igor Romeiro dos Santos, defendido no Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais do Cerrado (Renac), foi escolhido como o melhor do país na área de Ciências Ambientais.

A tese mergulhou fundo na qualidade da água do Rio Extrema e do Rio Meia Ponte. E o que encontrou é, no mínimo, alarmante: poluentes emergentes, resíduos de medicamentos e a presença inédita de Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) — uma bactéria conhecida por causar infecções difíceis de tratar.

Com orientação da professora Elisa Flávia Baião e coorientação de Catia Lira do Amaral, a pesquisa aponta riscos que vão além da saúde ambiental. Há impactos diretos na biodiversidade, no equilíbrio ecológico e na saúde pública.

Para o pró-reitor Claudio Stacheira, o reconhecimento é histórico. Já a professora Elisa vê na premiação uma porta aberta para a visibilidade da UEG. “É um marco. Mostra o potencial da nossa pós-graduação e reforça o papel da universidade como guardiã do Cerrado”, afirma.

Igor, o autor da pesquisa, fala com emoção sobre o impacto do prêmio: “É um incentivo à ciência que pensa no futuro, na água que a gente bebe e no mundo que queremos deixar para os próximos”.

Com essa conquista, a UEG não só faz história, mas também lança luz sobre um tema urgente: a saúde dos nossos rios.