
O 80º aniversário do bombardeio de Hiroshima não passou em branco no Vaticano, o papa Leão XIV usou sua audiência semanal para enviar uma mensagem forte: a dissuasão nuclear é uma ilusão perigosa e precisa ser substituída por diálogo e compaixão.
Primeiro pontífice norte-americano da história, Leão XIV fez questão de relembrar as 78 mil vidas perdidas instantaneamente com a explosão da bomba atômica lançada pelos Estados Unidos em 1945.
“A destruição em Hiroshima deve servir como um alerta universal contra a devastação causada por armas nucleares”, declarou.
O papa também se solidarizou com as vítimas, não só pelas perdas físicas, mas também pelos traumas emocionais e sociais que atravessam gerações.
“Ofereço minhas orações por todos aqueles que sofreram”, disse, visivelmente comovido.
Leão XIV segue o caminho de seu antecessor, Francisco, que em 2017 mudou o ensinamento oficial da Igreja Católica ao condenar não apenas o uso, mas também a posse de armas nucleares.
O posicionamento ocorre em um momento delicado, com conflitos armados em alta e ameaças veladas circulando entre potências globais. A fala do papa ecoa como um apelo urgente por responsabilidade e humanidade, antes que seja tarde demais.