
O ar está parado, seco, e o calor não dá trégua. A chegada de uma bolha de ar quente nesta quarta-feira (20) colocou Goiás em alerta máximo. A previsão é de temperaturas beirando os 38°C em algumas regiões do estado, com umidade relativa do ar abaixo dos 20% — um cenário preocupante para a saúde pública.
O fenômeno, segundo o Cimehgo (Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás), vai se estender até o fim de agosto, cobrindo todo o Brasil Central. A sensação térmica durante as tardes pode ser ainda pior em cidades como Rio Verde, Jataí e Anápolis.
Em Goiânia, os termômetros devem marcar até 33°C, com mínima de 19°C. Mas o maior problema nem é o calor — é o ar seco. Em várias regiões do estado, já são mais de 100 dias sem chuva, o que agrava ainda mais o desconforto e os riscos de doenças respiratórias e dermatológicas.
Calor escaldante e ar seco: combinação perigosa
A Organização Mundial da Saúde recomenda que a umidade do ar fique em torno de 60%, mas Goiás deve registrar índices que despencam para 18% no pico da tarde. Nessas condições, é comum sentir coceira no corpo, rachaduras nos lábios, irritação nos olhos e até sangramento nasal.
Segundo a Semad (Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável), o fenômeno é típico do inverno seco do Centro-Oeste, mas neste ano, a intensidade está acima da média. E a população precisa redobrar os cuidados — especialmente crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios.
Veja como se proteger do calor extremo
A principal dica dos especialistas é hidratação constante. Beber água ao longo do dia, mesmo sem sede, é essencial. Outros cuidados incluem:
- Evitar banhos quentes e demorados
- Usar hidratante corporal logo após o banho
- Preferir roupas leves e de algodão
- Evitar exposição ao sol entre 10h e 16h
- Usar umidificadores de ar ou toalhas molhadas nos ambientes
- Reduzir o uso prolongado de ar-condicionado
O tempo quente e seco pode até parecer rotina para quem mora em Goiás, mas os sinais que o corpo dá não devem ser ignorados. O alerta não é só do clima — é da saúde. E quando o ar pesa, a prioridade precisa ser respirar bem.