Sanções Internacionais
Trump sanciona empresa da família de Moraes e mira patrimônio milionário
Lex, holding da esposa do ministro do STF, é alvo de nova rodada de sanções dos EUA sob Lei Magnitsky

O governo Donald Trump intensificou nesta segunda (22) a ofensiva contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Além de incluir sua esposa, Viviane Barci de Moraes, na lista de sanções da Lei Magnitsky, os EUA atingiram diretamente o patrimônio familiar ao sancionar o Lex Instituto de Estudos Jurídicos — holding que controla pelo menos 13 imóveis de alto padrão ligados à família, com valor declarado acima dos R$ 20 milhões.
A medida amplia os efeitos das punições aplicadas ao magistrado, sob forte pressão do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e do ex-apresentador Paulo Figueiredo, que articulam nos bastidores americanos a responsabilização de Moraes por supostas violações a direitos fundamentais.
O secretário de Estado Marco Rubio não poupou palavras: “Os EUA estão sancionando uma rede de suporte crucial para o abusador de direitos humanos Alexandre de Moraes”, afirmou em publicação na rede X.
O Lex, fundado por Moraes, hoje pertence a Viviane e aos três filhos do casal. A empresa detém residências de luxo em São Paulo, Campos do Jordão e até uma mansão avaliada em R$ 12 milhões no Lago Sul, em Brasília. Embora registrado como centro de treinamento profissional, o instituto não exibe atividades públicas desde 2017.
Em nota, Moraes reagiu com veemência: classificou a sanção como “ilegal e lamentável” e disse que ela “viola o Direito Internacional, a soberania do Brasil e a independência do Judiciário”.
Os EUA agora investigam outros bens ligados à família, enquanto cresce a tensão diplomática em torno da atuação do ministro.