Política

Bastidores Expostos

Afeto de Trump a Lula gera reação cruzada e movimenta bolhas políticas no Brasil

Encontro informal na ONU entre ex-presidente dos EUA e Lula vira combustível para lulistas e bolsonaristas

O afago inesperado de Donald Trump a Lula, durante o primeiro dia da 80ª Assembleia Geral da ONU, virou munição para os dois lados da polarização política no Brasil. Lulistas celebraram como reconhecimento global. Bolsonaristas, por outro lado, trataram o gesto como parte de uma estratégia dura, sem qualquer aproximação real entre os governos.

Para os lulistas

A fala de Trump — que mencionou ter gostado do presidente brasileiro e acenou para um novo encontro — caiu como mel entre os aliados de Lula. Lindbergh Farias, deputado do PT, exaltou o momento como “histórico” e disse que os bolsonaristas estão “desesperados”. Já o senador Randolfe Rodrigues resumiu com um toque de ironia: “Não há um cidadão neste mundo que resista ao charme de Lula”.

Para bolsonaristas, o elogio não engana

Eduardo Bolsonaro usou as redes para minimizar a cena. Disse que Trump agiu de forma estratégica, num movimento calculado, que manteria o Brasil pressionado. Citou tarifas, críticas ao Judiciário e a posição do governo sobre Israel como barreiras reais. Para o grupo bolsonarista, a retórica de aproximação não altera o distanciamento prático entre os dois países.

No fundo, o gesto mexe com vaidades

O breve aperto de mão entre Trump e Lula virou símbolo de algo maior: a disputa narrativa. Cada lado interpreta o gesto à sua maneira, mas o fato é que a política externa também é feita de imagens — e essa, em especial, foi cuidadosamente lida por todos.

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  • Redação Citizen

    Redação do Portal Citizen

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