
Após 12 anos de espera e um rastro de erosões profundas causadas por falhas no projeto original, a área do Aeroporto de Cargas de Anápolis precisa passar por uma força-tarefa ambiental sem precedentes em Goiás.
A negligência na drenagem pluvial comprometeu 160 hectares do terreno, equivalente a 224 campos de futebol. Hoje, a Goinfra lidera uma obra emergencial que já é considerada a maior do tipo no estado, com um investimento de R$ 38 milhões.
As equipes trabalham para reverter um cenário crítico: voçorocas que avançaram até o lençol freático, pista danificada, assoreamento e degradação das áreas de proteção permanente. Segundo Pedro Sales, presidente da Goinfra, a meta é entregar as primeiras etapas até o fim do período seco, entre novembro e dezembro.
A operação envolve seis fases, desde a instalação de drenagem adequada e correção das erosões até o reflorestamento e terraceamento.
“A ideia é não só recuperar, mas prevenir. Com a nova estrutura, a água da chuva vai escorrer de forma controlada, sem agredir o solo”, explica Fábio Borges, gerente ambiental da autarquia.
Concluída essa etapa, a Infraero poderá retomar a implantação definitiva do aeroporto, que é estratégico para o desenvolvimento logístico de Anápolis e do estado. Depois de mais de uma década de espera, a cidade pode finalmente ver decolar um projeto que parecia enterrado pelo tempo e pela terra.