Quem vive em Anápolis já sente no dia a dia: a cidade está mudando — e rápido. Segundo levantamento feito pelo Instituto Prospecta, sob coordenação do Sinduscon, o município ganhou quase 17 mil novos moradores em dois anos. Se o ritmo continuar no mesmo passo, a população atual, hoje em torno de 400 mil, pode dobrar nos próximos 11 anos.
O que mais tem sentido esse impacto direto é o mercado imobiliário, que registrou um salto expressivo nas vendas: alta de 43,4% no último ano e um VGV (Valor Geral de Vendas) de R$ 1,8 bilhão. Casas e apartamentos estão mais valorizados: 25,45% de aumento nas casas e 15,14% nos apartamentos.
E o que explica esse movimento? De acordo com Juliano Santos, vice-presidente do Sinduscon, é o avanço econômico. Com o crescimento do setor industrial e de serviços, somado ao custo de vida mais acessível, Anápolis virou destino certo para quem busca trabalho e qualidade de vida.
Além disso, o estudo mostra que 32,8% das famílias anapolinas ainda não têm casa própria, o que aponta um potencial de mercado ainda maior — e uma pressão por políticas habitacionais também.
Não por acaso, Anápolis se destacou no Censo 2022 do IBGE como uma das cidades que mais crescem em Goiás, acompanhando o movimento migratório que colocou o estado como o segundo que mais atraiu pessoas no país.
“Anápolis já deixou de ser apenas uma cidade do interior”, afirma Luiz Antônio Rosa, presidente do Sinduscon.
E quem circula por aqui percebe: o futuro já começou a chegar, e ele traz consigo o desafio de crescer sem perder o que a cidade tem de melhor.
