
A paciência dos agentes comunitários de saúde e de combate às endemias de Anápolis chegou ao limite. Em assembleia realizada na quarta-feira (2), os servidores decidiram cruzar os braços a partir da próxima segunda-feira (8), às 8h, cobrando o que lhes é de direito: o pagamento do piso salarial nacional.
A denúncia parte do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás (Sindsaúde-GO), que acusa o município de não pagar o valor mínimo legal — dois salários mínimos — desde 2022. O que começou com conversas formais com a Prefeitura foi interrompido com a reforma administrativa da atual gestão. Desde então, silêncio.
Além do piso, os profissionais também cobram o repasse integral do incentivo financeiro federal enviado via Fundo Nacional de Saúde (FNS). Segundo o sindicato, Anápolis estaria retendo parte do recurso, mesmo recebendo cerca de R$ 2 milhões do governo federal.
Na assembleia, realizada em frente à Prefeitura, os servidores protestaram pelas ruas centrais da cidade, levando faixas e palavras de ordem. Ao final, aprovaram a paralisação e deixaram o alerta: se não houver resposta, as mobilizações vão continuar.
Em Aparecida de Goiânia, a luta é parecida. Trabalhadores da saúde também foram às ruas nesta quinta-feira (3), cobrando salários justos, progressão de carreira e pagamento de retroativos. A gestão local, ao menos, respondeu com uma nota dizendo estar aberta ao diálogo. Em Anápolis, a categoria ainda espera ser ouvida.