O que era promessa virou realidade. O Hospital Municipal Georges Hajjar, localizado no Residencial Leblon, vai começar a funcionar no dia 30 de julho. A confirmação veio do próprio líder do governo na Câmara de Anápolis, vereador Jean Carlos (PL), segundo ele, “se nada atrapalhar, abre no dia 30, sim”.

A notícia chega depois de meses de expectativa e cobrança, inclusive por parte de vereadores da base aliada do prefeito Márcio Corrêa (PL). A data escolhida é simbólica: um dia antes do aniversário de 118 anos da cidade.

Hospital novo, contrato milionário

A unidade, inaugurada no apagar das luzes da gestão anterior, em dezembro do ano passado ficou fechada durante os primeiros cinco meses do novo governo. Agora, com tudo pronto, a operação será tocada pela Organização Social (OS) Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus (HMTJ), que também comanda a UPA da Vila Esperança.

O contrato emergencial com a OS tem duração de um ano e valor de R$ 32,8 milhões, o que equivale a cerca de R$ 2,73 milhões por mês. Tudo isso sem licitação, o que já gerou críticas nos bastidores.

 O que o hospital vai oferecer?

A estrutura é grande. O Georges Hajjar vai contar com até 96 leitos de internação, incluindo enfermaria, UTI, emergência, área de isolamento e salas para exames, fisioterapia e prescrição médica. Tudo pronto. Só faltava mesmo colocar para funcionar.

A população, claro, espera que dessa vez a abertura seja definitiva — e que não falte médico, remédio nem atendimento digno. Afinal, prometeram um hospital completo.

Jean Carlos fala em “normalidade” na saúde

Durante a entrevista, Jean Carlos falou com firmeza: “Temos que consolidar os serviços essenciais antes de pensar em qualquer outra coisa. Saúde é prioridade”. E ainda lembrou de outras ações em andamento, como o retorno do Lacema no Ilion Fleury, reabertura de leitos na UBS do Leblon, cirurgias cardíacas no Hospital Evangélico e mais consultas em especialidades como neurologia e urologia.

O recado foi direto: entretenimento é bom, mas saúde vem primeiro.

Pressão da base e da população fez efeito

A abertura do Georges Hajjar não veio fácil. Mesmo sendo entregue ainda na gestão do ex-prefeito Roberto Naves, o hospital passou cinco meses trancado. E isso gerou uma avalanche de críticas, não só da oposição, mas também de aliados do governo atual.

Vereadores como Luzimar Silva (PP) e Domingos Paula (PDT) bateram firme: não fazia sentido deixar um hospital novinho parado enquanto postos e UPAs enfrentavam superlotação.

A pressão funcionou. E agora a expectativa é que a unidade realmente alivie o sistema de saúde da cidade, e não vire mais um elefante branco com fachada bonita e corredor vazio.