CulturaGoiás

Arte Goiana

Encerrada primeira fase do Documentário “Geotintas, o Despertar”

Artista das geotintas encerra primeira etapa de produção de documentário que conta sua trajetória na mineração e nas artes

Por Narelly Batista, de Anápolis

O artista plástico Galdino, de Catalão (GO), está em processo final de pesquisa e roteirização do documentário começou a ser produzido em janeiro, a partir de uma pesquisa documental biográfica que percorre suas influências e descobertas ao longo de 26 anos de contato com o universo das tintas de terra.

Possível graças à Lei Paulo Gustavo do Governo Federal, operacionalizado pela Prefeitura Municipal de Catalão, o artista plástico passou pelos municípios de Goiânia e Cidade de Goiás para investigar como as geotintas percorrem espaços importantes das artes em Goiás, como a Escola de Artes Plásticas Veiga Valle, o Museu Conde dos Arcos, o Museu Giuseppe Confaloni e o Museu do Judiciário.

Galdino é o nome artístico de Cláudio Roberto Freire, um engenheiro de minas formado em Ouro Preto (MG), com mestrado pela Unicamp (SP), que trabalhou em várias empresas do setor no Brasil e no Canadá, e em 1998, a partir do encantamento pela possibilidade de produzir suas próprias tintas via coleta de pigmentos minerais, construiu o projeto Terra Cor Brasil, que já impactou centenas de crianças e comunidades.

O documentário “Geotintas, o Despertar”, resgata toda a trajetória de Galdino a partir de suas influências. Entre elas, a maior é Goiandira do Couto, que a partir de 1968, na cidade de Goiás, começou a pintar usando areias de pedras trituradas da Serra Dourada, uma técnica única e exclusiva que a tornou reconhecida internacionalmente. No processo de pesquisa, Galdino conheceu parte da história de Goiandira através das sobrinhas da artista, Sumaia, Simone, Flávia e Silmara do Couto, que hoje moram na cidade de Palmas, no Estado de Tocantins.

Toda essa busca por compreender aqueles que da terra tiraram estímulos para a vida que pulsa e clareia ideias e caminhos, fez com que Galdino retornasse a mineração, mas em um outro formato.  Unindo a aptidão artística e a consciência sobre a importância do trabalho com a mineração, o artista das geotintas voltou, em 2024, para um novo desafio na Agência Nacional de Mineração. Hoje atua em uma área como responsável pela regulação, fomento, política e administração dos recursos minerais. Agora Galdino desenha em novos espaços para construir pontes que ajudem seu país a ser melhor e mais consciente numa atividade tão fundamental como esta. A pesquisa documental traz tudo isso em um artigo científico que posteriormente subsidiará as gravações e finalizações do documentário.

 Sobre Galdino

Cláudio Freire é artista, engenheiro de minas e geocientista. Adotou o nome artístico de Galdino em homenagem ao sobrenome materno de sua mãe. Atuou por mais de 20 anos como gestor de pessoas e processos em projetos de mineração no Brasil e Canadá. Em 1998, se apaixonou pelas possibilidades de uso dos pigmentos minerais para a produção de tintas em trabalhos artísticos. Desde então, tem se dedicado ao desenvolvimento da técnica de uso tintas de terra (geotintas), tendo realizado exposições, mostras e oficinas.  Desde 2016, vem se dedicando ao empreendedorismo e desenvolvimento de projetos socioculturais e ambientais. Acredita que arte e educação são veículos poderosos para mudar a realidade das pessoas, despertando a consciência individual para o ganho coletivo.

“Geotintas, o Despertar” – minerais que viram tintas, que se transformam em arte.
  • Fonte da informação:
  • Leia na fonte original da informação
  • Redação Citizen

    Redação do Portal Citizen

    Artigos relacionados

    Botão Voltar ao topo