Missão Internacional
Fieg atua nos EUA para conter tarifaço sobre produtos goianos
Federação participa de ofensiva da indústria brasileira para proteger exportações afetadas pelas novas tarifas

A Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) está em Washington (EUA) nesta semana, integrando uma missão coordenada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com o objetivo claro: reverter ou amenizar os efeitos do tarifaço americano sobre produtos brasileiros.
Comitiva liderada pelo presidente da Fieg, André Rocha, reúne representantes de empresas diretamente atingidas, como Jalles Machado, Goiasa, Brasil Minérios, Inpasa e a multinacional Raízen, com planta em Jataí. A agenda é intensa e estratégica: inclui reuniões com congressistas, compradores dos EUA, entidades empresariais e autoridades no Departamento de Comércio americano.
O foco da missão é proteger setores-chave da economia goiana.
“Só o açúcar orgânico representa até 90% da produção exportada de algumas empresas. E sem o mercado europeu, por conta de acordos com a Colômbia, ficamos praticamente sem saída”, alerta Rocha.
Segundo ele, o plano tem duas frentes: tentar inserir os produtos em listas de exceções às tarifas e, paralelamente, negociar um acordo comercial bilateral. “Não é confronto com o governo brasileiro. É uma atuação complementar. Estamos defendendo o que é nosso: empregos, indústria e a continuidade das exportações”, reforça.
A delegação brasileira conta com 125 representantes da indústria, entre eles gigantes como Embraer, Alcoa, Tramontina e Volvo. A agenda segue até 4 de setembro e inclui audiências públicas, encontros bilaterais e articulações com o setor privado americano.
A mobilização é uma reação direta ao impacto imediato das tarifas, que ameaçam a competitividade de produtos como etanol, açúcar e vermiculita — vitais para o agronegócio goiano e para a balança comercial do Estado.
- Com informações ASCOM/FIEG