Quando o 13º salário começa a se aproximar, muita gente suspira fundo, como quem finalmente enxerga uma fresta de respiro no meio do aperto. Em Goiás, esse reflexo é ainda mais evidente. Segundo pesquisa da Serasa com o Opinion Box, 81% dos brasileiros pretendem usar o benefício, e a maioria já sabe exatamente para onde esse dinheiro vai: direto para o pagamento de dívidas.

O levantamento mostra que 39% dos entrevistados querem quitar débitos, um aumento significativo em relação ao ano passado. E, sinceramente, não dá pra ignorar o peso desse dado. Ele traduz um sentimento comum demais nas conversas de mercado, nas filas de banco, nas rodas de amigos: o orçamento continua pressionado, e cada escolha financeira vira um pequeno cálculo de sobrevivência.

Outros 19% vão usar o 13º para pagar contas essenciais, e 18% querem limpar o nome. É aquele movimento quase automático de tentar começar o ano sem pendências, mesmo que o cenário não esteja tão favorável. Ainda assim, 74% veem o benefício como chance real de reorganizar as finanças, e 66% dizem que já planejam previamente como vão usar cada centavo.

O estudo revela outro ponto sensível: 41% dos trabalhadores dependem do 13º para fechar o mês. Se o dinheiro não viesse, muita gente ficaria atrasada em contas e até nas compras de fim de ano. Isso mostra o quanto o benefício deixou de ser um extra e passou a ser parte do próprio fôlego financeiro das famílias.

Apesar da tentativa de organização, guardar dinheiro ficou mais difícil. Só 19% pretendem poupar o valor integralmente. O interesse em investir ou formar reserva caiu, sinal de que as prioridades mudaram — e o bolso acompanha esse movimento, mesmo que a vontade fosse outra.