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Divisão Histórica

Movimento LGB rompe com ativismo trans e provoca racha global

Grupo internacional afirma que identidade de gênero apaga orientação sexual e ameaça direitos de gays, lésbicas e bissexuais

“Já estamos fartos de pronomes.”

A frase, dita em vídeo por uma das porta-vozes do recém-formalizado movimento LGB Internacional, escancara um conflito que até pouco tempo era velado. No último dia 19, lésbicas, gays e bissexuais de 18 países, incluindo o Brasil, anunciaram publicamente que não se reconhecem mais no guarda-chuva LGBTQIA+.

O motivo? Um incômodo crescente com as pautas de identidade de gênero que, segundo eles, estariam engolindo a luta por orientação sexual. Na prática, o movimento LGB quer retomar o protagonismo das discussões sobre direitos sexuais sem se ver obrigado a endossar bandeiras trans.

Mariele Gomes, da Aliança LGB Brasil, afirma que a fusão entre orientação sexual e identidade de gênero apagou o conceito de mulher e homem baseado no sexo biológico.

“Hoje, parece que ser lésbica é fetiche, e ser gay virou fluido. Nós não somos ideologia, somos realidade.”

O anúncio da ruptura veio em meio a polêmicas recentes no Brasil envolvendo a participação de atletas trans em categorias femininas e denúncias contra uma skatista trans. Episódios que, para os dissidentes, revelam os impasses e os riscos do que chamam de “agenda de gênero”.

Enquanto entidades LGBTQIA+ acusam o novo grupo de transfobia, o LGB Internacional responde com um alerta:

“Direitos que negam a biologia acabam por negar também nossa existência.”

O racha está feito e promete reverberar por muito tempo.

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  • Redação Citizen

    Redação do Portal Citizen

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