Retrato Social
Renda de homens em Goiás fica 42% acima da das mulheres, aponta levantamento
Dados mais recentes mostram que desigualdade cresce no recorte por sexo e permanece alta quando analisada por cor ou raça
Diferença salarial volta a subir em Goiás
Os números mais recentes do rendimento médio dos goianos mostram um cenário que insiste em se repetir. Em 2024, homens e mulheres seguem em posições bastante diferentes no mercado de trabalho. E, mesmo com pequenas oscilações ano a ano, o novo levantamento aponta que a desigualdade avançou um pouco mais.
Rendimento médio no estado e em Goiânia
O rendimento médio real no trabalho principal ficou em R$ 3.095 mensais no estado. Quando o foco é Goiânia, o valor sobe para R$ 4.090, cerca de um terço acima da média goiana. No comparativo nacional, Goiás aparece abaixo da média do país e das capitais brasileiras.
Diferença entre homens e mulheres cresce
O ponto que mais chama atenção é a distância entre os rendimentos de homens e mulheres. Em 2023, o valor recebido pelos homens já era 41% maior. Em 2024, a diferença subiu para 42,4%. Enquanto eles recebem, em média, R$ 3.553 mensais, elas ficam com R$ 2.495. Mesmo em um ano de ajustes econômicos, o fosso não diminuiu.
Desigualdade por cor ou raça
Quando o recorte é racial, o quadro também mostra distância significativa. Pessoas brancas registraram rendimento médio de R$ 3.892, quase metade acima do valor recebido por pessoas pretas ou pardas, que ficou em R$ 2.674. Apesar de ainda alto, o percentual diminuiu em relação ao ano anterior.
Sexo e raça combinados ampliam o abismo salarial
O cruzamento entre sexo e cor evidencia o ponto mais crítico. Homens brancos receberam, em média, R$ 4.524 em 2024. Já mulheres pretas ou pardas, R$ 2.169. É uma diferença de 108,6%. O percentual ainda é expressivo, mas menor do que o registrado em 2023.
Mesmo com sinais de redução em alguns recortes, os dados mostram que a desigualdade salarial segue sendo uma realidade marcante no estado.



