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Alerta Econômico

Renda dos mais pobres vai crescer menos em 2026, ano eleitoral

Estudo aponta que classes D e E terão aumento abaixo da média nacional, ampliando desigualdade em um cenário de desaceleração

Num ano eleitoral que promete ser decisivo, as classes D e E devem ficar para trás no que diz respeito ao crescimento da renda em 2026. É o que mostra um levantamento da consultoria Tendências, apontando que essas faixas – que reúnem quase metade dos lares brasileiros – terão alta de apenas 1,9% na renda, bem abaixo dos 3% projetados como média nacional.

Enquanto isso, a classe A deve registrar avanço de 3,8%, impulsionada por ganhos de capital e juros elevados. A classe B aparece logo atrás, com 3,4%, seguida da C, com 2,3%.

O estudo alerta que o ritmo mais fraco de crescimento para os mais pobres pode enfraquecer a base de apoio popular ao governo Lula, especialmente entre eleitores historicamente fiéis ao partido.

Grande parte da renda das famílias das classes D e E vem de transferências sociais, como Bolsa Família, BPC e Previdência Social. Só o Bolsa representa 17,6% da renda nesse grupo. Mas, com regras mais rígidas de acesso e o aperto fiscal, o cenário para 2026 é de estagnação.

Segundo Giuliana Folego, analista da Tendências, o país deve enfrentar uma economia mais lenta e juros ainda altos, o que vai frear o consumo e pressionar o poder de compra justamente de quem mais precisa.

Num momento em que o governo tenta reposicionar sua popularidade com discursos voltados à população de baixa renda, a diferença no comportamento da renda entre as classes pode ser um desafio político e social no próximo ano.

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  • Redação Citizen

    Redação do Portal Citizen

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