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Descompasso Econômico

Comércio de Goiás bate recorde em empregos, mas salários seguem abaixo da média

Varejo lidera geração de postos, mas paga os menores salários; atacado concentra receitas e melhor remuneração

Goiás nunca teve tanta gente empregada no comércio como agora. De acordo com o IBGE, o Estado alcançou em 2023 a marca de 377 mil pessoas ocupadas em empresas do setor, o maior número desde 2007. Mas o que parecia ser só motivo de comemoração veio acompanhado de um velho problema: o salário ainda está bem abaixo da média nacional.

A remuneração média paga pelo comércio goiano foi de R$ 2.342,25, o maior valor já registrado por aqui, mas ainda assim inferior ao piso brasileiro, que ficou em R$ 2.572,49. O avanço é real, mas o descompasso entre crescimento e valorização do trabalhador continua.

O varejo, que emprega quase 70% da força de trabalho do setor, lidera em vagas, mas amarga os menores salários: média de R$ 1.935,15. Já o comércio por atacado, que reúne menos empresas, paga quase o dobro (R$ 3.669,38), embora tenha registrado uma leve queda em relação a 2022.

No segmento de veículos, que teve o maior crescimento de empresas (23%) e ampliou as contratações, o salário também caiu: R$ 2.544,53, 3,2% a menos do que no ano anterior.

Mesmo com mais empregos e mais empresas, a receita bruta total do setor em Goiás quase não andou: cresceu só 0,3%. O número confirma o que os dados mostram de forma cada vez mais clara: gerar empregos é essencial, mas sem valorização real, o avanço fica pela metade.

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  • Redação Citizen

    Redação do Portal Citizen

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