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Senna

Marca eterna

30 anos após sua morte, piloto deixa legado de inspiração a jovens pilotos dentro e fora do Brasil

Por Arthur Ribeiro, de Brasília 

Três títulos mundiais de Fórmula 1, 41 vitórias, 80 pódios, 65 poles positions, 23 voltas mais rápidas. O números até podem falar por si só, mas a herança deixada por Ayrton Senna no automobilismo vai além deles. Trinta anos após a morte, em 1º de maio de 1994, o brasileiro segue idolatrado e reverenciado mundo afora com inspiração para pilotos dentro e fora das pistas.

Quando se fala em Fórmula 1, o brasileiro automaticamente relembra o tricampeão mundial responsável por fazer o país para aos domingos de manhã a fim de acompanhar as corridas. Após Ayrton, o Brasil não teve outro piloto a vencer um campeonato. Três décadas depois, seguer há um representante no grid titular da categoria.

Ainda assim, o que não faltam são admiradores. Quem está mais próximo de continuar carregando o legado verde-amarelo na elite do automobilismo é Felipe Drugovich, reserva da Aston Martin. Mesmo nascido após a morte de Senna, o jovem de 23 anos não hesita em dizer quem é o maior ídolo.

“Desde criança, sempre procurei ver vídeos e fotos dele, foi algo que me inspirou desde o começo, principalmente pela dedicação e o talento que ele tinha. Hoje em dia, é muito legal ter a oportunidade de trabalhar com pessoas que trabalharam com ele no passado. É uma responsabilidade boa carregar parte desse legado. O povo brasileiro quer um de nós na Fórmula 1, é o que estou tentando atingir, e espero representá-lo bem quando chegar lá.” projeta Drugo.

Anos antes do piloto da Aston Martin, que também carregou a bandeira verde-amarela na F1 foi Felipe Massa. O ex-Ferrari, hoje alinhado na Stock Car, relembra do trabalho, da motivação e da vontade de vencer que contagiou o público. Ainda assim, Ayrton também traçou um caminho para quem viria depois.

“O maior impacto que o Senna deixou para os pilotos brasileiros, principalmente para mim, foi quando cheguei à Europa e fui respeitado, além dos resultados e do talento, mas por tudo aquilo que ele fez. Ele mostrou o Brasil ao mundo. Quando um jovem saia daqui para a Europa, chegávamos lá com muito respeito”, conta o vice-campeão mundial de 2008.

Apesar da nova geração não ter tido a oportunidade de acompanhar Ayrton em vida, ele segue presente em cada volante e capacete, inclusive no dos brasilienses. Representante do quadradinho na Stock Car, Enzo Elias se espelha no ídolo tanto nas pistas quanto fora delas, especialmente pela gana de vencer sempre que possível com pensava o tricampeão.

“Ele ensinou e inspirou muito sobre a gente sempre querer colocar o Brasil no lugar mais alto do pódio. Isso é sinônimo do brasileiro, de querer ganhar, estar na frente o tempo inteiro. Dentro do automobilismo, o Senna foi um símbolo disso e nos motiva a sempre ter essa vontade e garra para buscar o lugar mais alto do pódio”, defende Enzo.

Talento do kart, Mariana Serafim também nasceu sem ter a chance de ver Senna correr ao vivo, porém assiste a corridas antigas para tentar extrair o máximo de ensinamentos possíveis. Pilotando nas mesmas pistas onde Ayrton correu no começo da carreira, a brasiliense de 22 anos conta o que falaria para o ídolo se tivesse a oportunidade.

“Gostaria de agradecê-lo por encher o coração de todos os brasileiros de orgulho e proporcionar uma tradição de grandes pilotos no Brasil. Obrigada, também, por nos ensinar que, com muita determinação, qualquer um pode alcançar nossos sonhos. Espero que você nos assista aí de cima e sinta orgulho das sementes que plantou em cada um de nós”, projeta Serafim.

Sem fronteiras

O impacto deixado por Ayrton está perpetuado mundialmente. O francês Pierre Gasly, piloto da Alpine no grid atual da F1, não esconde a admiração pelo brasileiro e usou um boné em homenagem ao tricampeão no Grande Prêmio de Interlagos de 2023. Antes disso, ele havia firmado uma parceria com o Instituto Ayrton Senna para angariar fundos e apoiar a plataforma.

Apesar de ter nascido depois da morte do tupiniquim e ser conterrâneo de Alain Prost, ex-rival de Senna, Gasly revelou ter um carinho especial por ambos. “Essa é a maior rivalidade da História da Fórmula 1. Alain é um ídolo para todos na França, assim como Ayrton, mas preciso dizer amo os dois por razões diferentes, foram extremamente inspiradores. Ayrton, além do piloto incrível que ele era, também foi um modelo em termos de personalidade que eu me identifico. Ele era mais que um piloto, era um ícone para todo um país. É uma história importante e inspiradora, então, é importante seguir o legado dele”, afirmou Gasly.

O Grande Prêmio de Interlagos é data marcada no  calendário para outros pilotos reviverem Senna, especialmente Lewis Hamilton. Fã de carteirinha do brasileiro, o britânico repetiu o icônico gesto de carregar a bandeira do Brasil após a corrida de 2021. No ano passado, o heptacampeão homenageou Ayrton com uma pintura especial no capacete e nas roupas de chegada ao paddock. Além dele, Charles Leclerc visitou o Instituto conduzido pela família de Senna. “Meu único ídolo. Um momento tão especial”, escreveu o ferrarista nas redes sociais.

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  • Redação Citizen

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